segunda-feira, 30 de maio de 2011

Móveis Planejados de Acajú

De xodó do público universitário da capital federal, a banda Móveis Coloniais de Acaju vai se firmando como atração de alcance nacional. Os degraus vão ficando para trás: participação em festivais de destaque, apresentações em premiações televisivas de peso, capa de revista, faixas em trilhas sonoras, shows fora do país.
O que tem conquistado os ouvidos é a mistura sonora – autodenominada “feijoada búlgara” – de rock, ska e outras vertentes do pop com ritmos brasileiros e do Leste Europeu, somada a uma quente performance de palco, que, aliás, sempre vai além do palco e catalisa manifestações ensandecidas do público. O que nem todos podem ver na ponta é que um modelo de negócios e arranjos singulares de organização alavancam esse sucesso crescente.
Trata-se de uma combinação de autogestão, profissionalização, estreita ligação com os fãs, uso intensivo de redes sociais, processo coletivo de criação, envolvimento direto dos músicos com as tarefas logísticas e administrativas e adesão a formas não-convencionais de distribuição e remuneração.

Estalo
O conjunto teve início em 1998. Em 2003, foi o grupo local convidado para o palco principal do Brasília Music Festival, estrelado por Charlie Brown Jr., Ultraje a Rigor e a norte-americana Live. “Esse foi o grande estalo para encararmos a banda profissionalmente”, lembra o produtor Fabrício Ofuji. “A banda viu que precisava ter um produtor, uma equipe técnica consolidada.” O circuito de apresentações até então praticamente se restringia a Brasília, com exceção de algumas idas a Goiânia e São Paulo, e incluía bailes de formatura e festas de centros acadêmicos, além de shows de perfil variado. Havia pouca preocupação com as questões técnicas que envolvem uma performance ao vivo e o grupo era a ocupação secundária de seus integrantes.
Dois anos depois, o Móveis (eles se referem a si no masculino e no singular, e os fãs assim os chamam) lançou o seu primeiro álbum, Idem, em festa de iniciativa própria e de parceiros locais. Fundido com as festas Criolina e Move/Frenética, reuniu mais de 3 mil pessoas. Nesse momento, o grupo reforçou o lado empreendedor e começou o investimento em apresentações além do quadrado do Distrito Federal.
C_mpl_te, o trabalho seguinte, recebeu diversas premiações e destaques e foi eleito um dos cinco melhores de 2009 pela revista Rolling Stone. Tornou-se o trabalho mais baixado no projeto Álbum Virtual, da gravadora Trama, desbancando o recordista anterior, Piquenique, de Ed Motta, e nessa liderança permanece até aqui. Até 30 de março de 2011 foram 85.632 downloads do disco, realizados em pouco menos de dois anos. Segundo os números do projeto, o número de streamings (audições online) representa em média 3,2 vezes o de downloads.
“É uma banda icônica dessa geração”, diz João Marcello Bôscoli, presidente da Trama. Ele lista o que considera as razões da ascensão moveleira: “Eles combinam show incendiário, com muito público, qualidade musical e postura inovadora, com microprojetos na internet, diálogo com os fãs. Trabalham de jeito muito intenso no ambiente de rede e agradam tanto o público mais ligado em pop quanto o de perfil mais independente”.

Banda empresa
O perfil de self-made band remonta ao lançamento de Idem. A banda conversou com selos interessados em botá-lo no mercado e esses não se dispunham a prensar de saída a quantidade desejada de 3 mil CDs. A decisão foi ratear o valor da prensagem e vender o disco por conta própria. Em dez dias, cerca de 2 mil foram vendidos, o que levou os músicos a concluir que teriam perdido dinheiro caso começassem com uma quantidade menor.
“Hoje, somos uma banda empresa, que ainda não sabe se é banda/empresa ou banda-empresa”, diz Fabrício Ofuji. Em setembro de 2008 eles se formalizaram como pessoa jurídica. Com base em consultoria administrativa no início de 2009, criaram inclusive diretorias.
A condição de empreendedores se reflete na formação do grupo: Ofuji é integrante (e sócio), ao lado dos músicos, quando o costumeiro é o produtor ser colaborador ou contratado.
Os dez também “carregam piano”, quase literalmente. Em muitas de suas viagens e exibições, fazem as vezes de roadies, carregando os próprios instrumentos e montando o palco. “Priorizamos a contratação de técnicos”, explica Ofuji. “Temos um padrão muito ágil de troca de palco. Recentemente, por conta de um acidente na estrada, precisamos botar tudo em ordem e passar o som em 40 minutos”.
Ao lado disso, a formação de cada um é aproveitada nas tarefas extrapalco, como mixagem, agendamento, assessoria de imprensa, identidade visual e até finanças. Sem falar nas vendas diretas (principalmente CDs e camisetas), parte importante dos ganhos.
Daí a comparação futebolística ao “carrossel holandês”, a seleção de Cruyff, em que os jogadores atuavam em diversas posições, de forma taticamente inovadora e solidária.
“Não dá para o artista ser simplesmente ‘o Artista’. Michael Jackson, o maior artista pop contemporâneo que vimos, é o grande exemplo disso. Participava de todas as etapas de produção – coreografia, clipe, produção musical”.
Esse time não tem hoje um capitão, assume-se com caráter predominantemente coletivo. As decisões são tomadas de forma colegiada (há, inclusive, uma instância assim constituída, que reúne os dez integrantes, para as decisões em que o desejado consenso não vem).
Os shows respondem pela maior fatia da receita (e também dos gastos). Como empresa, a banda fixa uma remuneração mensal para cada um, igualitária, complementada pelo cachê, que varia em função do tamanho e do perfil das apresentações. E reinveste o lucro. As operações se norteiam por metas anuais e de médio prazo.
A música é hoje a fonte majoritária de renda, e apenas um dos integrantes tem uma rotina claramente dividida com outra atividade – é servidor concursado em autarquia federal de pesquisa. Mas eles não tencionam abandonar as atividades paralelas.
Hoje todas as composições do conjunto são creditadas a todos os integrantes.“Como mensurar as contribuições de cada um?”, questiona Ofuji. Ele busca exemplos na MPB: Chico, Vinicius e Toquinho. “Às vezes, durante a ditadura, um dava sugestão de um verso, que era censurado, e era considerado criador também”. E cita o Roupa Nova como exemplo de uma carreira bem-sucedida com processo coletivo de criação.

Sem DRM
No projeto Álbum Virtual, uma marca patrocina a obra por um ano com R$ 15 mil a R$ 30 mil, em média, segundo Bôscoli, da Trama. Dois terços, pelo menos, ficam com a banda, e o restante com a Trama, que nesse caso ofereceu a estrutura para a gravação e arcou com a maior parte dos custos.
“Não tem DRM, que achamos inconstitucional”, explica o empresário, referindo-se aos mecanismos técnicos que restringem a difusão de conteúdos digitais em função dos direitos autorais. Além de liberar o número de cópias por usuário (e total também), o acordo permite que as faixas fiquem disponíveis em outras redes e para troca peer-to-peer. “Mas, como é um lugar seguro, muita gente opta por baixar aqui”, diz. Pelos seus cálculos, os projetos que envolvem patrocínio das marcas – Álbum Virtual, Trama Virtual e TV Trama – respondem hoje por 60% do faturamento da gravadora.
Embora as faixas do Móveis não estejam licenciadas em Creative Commons, a comercialização segue uma lógica similar à de uma de suas variantes: é autorizada gratuitamente para iniciativas que não geram lucro (como trabalhos acadêmicos) e mediante cobrança para as que geram. A avaliação é feita caso a caso por banda e editora.
C_mpl_te pode ser baixado de graça no site, mas é também vendido em três diferentes formatos: pela editora, no formato tradicional de CD (caixinha de plástico com encarte), via lojas (o álbum está no catálogo da Fnac, da Livraria Cultura e da Saraiva); pela banda, em embalagens mais simples e sem número de série, a R$ 5; e por ambos em digifile (caixinha de cartão), a R$ 20.
A teia de relações profissionais varia de acordo com o planejamento do grupo e da estratégia no período. Neste momento, além da Trama, um parceiro importante é o Canal Brasil, correalizador do DVD Ao Vivo no Auditório Ibirapuera.
Apesar do percurso como independente até hoje, a banda não se opõe totalmente à ideia de assinar com uma major. Conforme explica Fabrício Ofuji, a opção pelo melhor modelo se deu em cada momento da carreira e novas orientações poderão ser adotadas.

No debate da propriedade intelectual
O Móveis vê com bons olhos a discussão em torno dos regimes de propriedade intelectual e considera ter o papel de estimular a participação do público. “Embora não sejamos formadores de opinião no tema como o Teatro Mágico, acabamos sendo personagens nesse debate, né?”, comenta o produtor Fabrício Ofuji. Nesse sentido, o pesquisador Paulo Rená, que fez mestrado sobre a liberdade na internet, foi agregado ao Blog dos Móveis. Eles acreditam na necessidade de atualizar a legislação e destacam, entre os objetivos, o de eliminar os intermediários na cadeia e o de buscar maior transparência por parte do Ecad. Quanto a tendências, avaliam que somente o aprofundamento do debate poderá delineá-las.
Ofuji, aliás, estudou em seu mestrado a internet como espaço para artistas independentes, abordando as trajetórias do Móveis, da jovem cantora Mallu Magalhães e do Teatro Mágico, que ele aponta como “banda irmã” e interlocutora constante principalmente quanto a estratégias de merchandising.

Cupins
As redes sociais têm destaque no site oficial da banda, ocupando grande parte da home page. Existe uma relação cotidiana com os fãs, que se manifestam de maneira particularmente calorosa e ativa e se chamam de “cupins”, correspondendo-se de diferentes regiões do país.
Entre outras redes, a banda tem base no Twitter (28,8 mil seguidores), no Facebook (perfil com 5,0 mil amigos e página com 7,6 mil likes), no YouTube (canal próprio, 1,7 mil assinantes, 1,0 milhão de visualizações) e no Orkut (comunidade com 30,6 mil membros) e usa toda a sorte de recursos de compartilhamento de conteúdos. O apoio via Twitter garantiu presença em eventos importantes em que o público podia votar nas atrações e o YouTube foi fundamental na preparação para a chegada do segundo disco. No caso de C_mpl_te, videoclipes de todas as faixas foram previamente postados para minimizar o atraso, familiarizando o público com elas (a data de lançamento estava marcada e o disco não ficou pronto a tempo).
O Móveis optou por manter seu site como vértice dessas redes e ferramentas. Também ali uma loja virtual foi inaugurada em abril.
Outras iniciativas ajudam a manter o trabalho em evidência, fidelizar o público e estreitar o contato com outros artistas. Depois de um EP pioneiro no compartilhamento, a liberação de faixas para streaming e download no primeiro disco começou restrita a algumas faixas e depois foi generalizada. No projeto Adoro Couve (trocadilho com cover), planejado como forma de gerar novidades musicais e exercitar os processos de composição e arranjo, era gravada uma música de outros autores todo mês. O projeto possibilitou também o envolvimento com a linguagem audiovisual, em videoclipes dirigidos e editados pelo próprio conjunto e veiculados no canal da banda no YouTube. O produtor musical do segundo disco, Carlos Eduardo Miranda, foi opinião importante nessa frente.
O festival Móveis Convida, em que o conjunto recebe bandas e músicos de outros pontos do país, cria e fortalece laços, consolidando o lado de eventos da empresa e abrindo portas para o conjunto musical em outras regiões. As 11 edições receberam cerca de 500 artistas e um público total estimado em 36 mil pessoas.
Em paralelo, o Móveis investe nos canais tradicionais de difusão e divulgação. “A avaliação é que estar na mídia tradicional é tão importante quanto participar do [movimento] Música Para Baixar ou visitar uma rádio comunitária”, diz o produtor Ofuji. Entre os resultados, apresentação no Video Music Brasil da MTV em 2009, matéria de capa na Revista da Gol e inserção de faixa na trilha de Araguaia, novela da Rede Globo.
Há, ainda, atividades voltadas à formação de profissionais no setor, uma frente que vai ganhando corpo com a Comissão de Bandas e Artistas Circulantes (CBAC), na qual os moveleiros têm atuação central. Seu objetivo é consolidar a cena cultural do Distrito Federal e trocar experiências, estimulando a autonomia dos participantes como agentes culturais. A comissão promove reuniões, debates e oficinas, bem como intercâmbio com músicos de outras regiões.

Para além do nicho
Os planos para o futuro próximo incluem o projeto Rotas Musicais, que envolve 15 estados e foi aprovado pelo Programa Petrobras Musical, e a atuação também como editora musical.
Esses móveis que são carpinteiros que são carregadores que são vendedores avaliam estar ainda aquém de seu potencial. “A gente entende que o nosso não é um trabalho de nicho, pode ser de massa”, afirma Fabrício Ofuji. O DVD com o Canal Brasil, por exemplo, é enxergado como caminho para chegar a um público mais velho que o atual.
João Marcello Bôscoli faz coro: “A vocação natural deles é ir para um patamar de Skank e Paralamas, o patamar máximo de uma banda pop. Sem nenhum esforço político muito grande, conseguiram ter música em novela das 6 e frequentar programas de TV como o de Serginho Groisman e o Som Brasil”.
Por: Pedro Biondi

http://www.overmundo.com.br/overblog/moveis-planejados-de-acaju

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cria de Brasília - Natiruts

Sem perder a identidade, o Natiruts modernizou sua sonoridade e mostrou um conceito artístico forte no álbum Raçaman. O grupo escreveu parte de sua historia de forma independente, ou seja, sem nenhuma gravadora. Mesmo assim, o trabalho foi com força para todos os cantos do Brasil e para muitas partes do mundo.
O Show será uma comemoração dos dois anos de sucesso do trabalho Raçaman, lançado em maio de 2009.
Na programação haverá a participação especial da Katchare (destaque na Nova Zelândia e Austrália) e In Natura  (Kiko Péres, Bruno Dourado e Izabella Rocha).
Serviço
12 de Junho, Domingo
às 18h
Concha Acústica – SHTN

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Noite musical no Açougue T-Bone

Luiz Amorim, criador do primeiro açougue cultural do mundo
alessandro dantas/ destak
Cantor Zé Ramalho é a atração da 29ª edição do projeto que completa treze anos em 2011

Noites culturais em um açougue? Pode parecer estranho, mas o projeto, idealizado por Luiz Amorim, proprietário do Açougue T-Bone, já é muito conhecido na cidade e, em 13 anos, trouxe mais de 500 artistas para shows gratuitos na rua da 312/ 313 Norte, onde fica o estabelecimento.

A ideia, segundo ele, é resultado de sua paixão pelos livros. Amorim trabalhou como vigia e engraxate antes de ser contratado, aos 12 anos, por um pequeno açougue na 312 Norte. Em 1994, conseguiu comprar a loja e instalou uma estante com dez livros para emprestar e arrecadar doações. Nascia então o primeiro açougue cultural do mundo. Apesar das ironias das pessoas, Amorim conseguiu levar o projeto adiante e ampliá-lo. "É uma alegria ser o responsável por este grande projeto cultural. Eu acho que a contribuição para a cultura da cidade é o orgulho maior. A provocação que a gente criou gerou um debate muito forte", conta Amorim.

Amanhã é a vez do cantor Zé Ramalho subir ao palco do açougue para se apresentar na 29ª edição do projeto Noites Culturais, que tem o patrocínio da Petrobras e dos Correios. No show, ele apresentará clássicos como "Avohai", "Admirável Gado Novo" e "Chão de Giz".
Fonte: Jonal Destak/DF
http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=17,97914

Sinal dos Tempos - "A Banda Mais Bonita da Internet"

A vida de Vinícius Nisi mudou desde a semana passada. O paulistano de 27 anos teve que dar um tempo do emprego em uma produtora para dar conta da repercussão de seu trabalho com A Banda Mais Bonita da Cidade. A rotina recente é mais agitada do que a de muitos músicos com mais experiência.

Os cinco integrantes do grupo já perderam a conta de quantas entrevistas deram para jornais, revistas e emissoras de TV. Agora são eles que recebem convites para tocar em casas de shows, em vez de ter de batalhar por um espaço na agenda delas. Depois de explodir na internet, o quinteto curitibano vive o auge dos seus 15 minutos de fama.

Quando colocou um vídeo da banda no YouTube na terça-feira da semana passada, Vinícius achava que seria, como sempre, uma forma de rever e compartilhar o trabalho feito com mais quatro amigos da época de faculdade. O que veio a seguir transformou A Banda Mais Bonita da Cidade em um fenômeno online.

Em quatro dias, o clipe da canção “Oração” ultrapassou a marca de 1 milhão de visualizações. Hoje já são 2 milhões e contando. “É absurdo. Tá exponencial”, diz Vinícius. “Estamos felizes e totalmente pasmos com tudo isso. Foi muito inesperado”.

Além de Vinícius, o seu tecladista, a banda é composta pela vocalista Uyara Torrente, 24 anos, o baterista Luís Bourscheidt, 29, o guitarrista Rodrigo Lemos, 28, e o baixista Diego Plaça, 24. O elo entre eles foi a faculdade de produção musical na Universidade Federal do Paraná. Desde 2009 eles formam A Banda Mais Bonita da Cidade. O clipe foi gravado em fevereiro e colocado na internet no meio de maio.

Por meio do Facebook e do Twitter, o clipe (e a banda) conquistou fãs, um a um. Aconteceu assim: Vinícius o colocou no portal de vídeos e o compartilhou com amigos. Logo os amigos dos amigos também o publicaram em seus perfis em redes sociais. Isso chamou a atenção de mais gente, criando um ciclo contínuo de descoberta e compartilhamento que espalhou o vídeo como um vírus pela internet. Daí vem o termo viral para classificar esse tipo de conteúdo que ganha a rede pela admiração e indicação os próprios usuários. “Não fugiu do controle porque a gente nunca teve controle, mas antes eu ainda conseguia acompanhar quem estava compartilhando. Agora não dá mais”, diz Vinícius.

Gravado em um fim de semana numa casa centenária em Rio Negro, no Paraná, o clipe mostra os integrantes da banda e seus amigos cantando enquanto a câmera percorre os cômodos. Parece captar momentos íntimos. Tudo isso sem cortes, com uma técnica chamada plano-sequência.

De autoria do músico Leo Fressato, amigo do quinteto, a música também não tem interrupções e é entoada como um mantra de amor. Ela vai ganhando diferentes interpretações ao longo dos seis minutos de duração do vídeo e, por fim, explode em um coro formado por todos os participantes do clipe numa grande festa no salão da casa-cenário.

Com 8 versos em 2 estrofes, a letra é simples e contagiante. Diz ela: “Meu amor essa é a última oração/ Pra salvar seu coração / Coração não é tão simples quanto pensa / Nele cabe o que não cabe na dispensa / Cabe o meu amor! / Cabem três vidas inteiras / Cabe uma penteadeira / Cabe nós dois”. Logo o espectador está cantando junto, antes mesmo que o vídeo acabe – e depois também.


“A mensagem de ‘Oração’ é muito forte. Normalmente só se tornam virais os vídeos engraçados. A pessoas estavam esperando por algo que fosse bonito para compartilhar, algo que fosse ‘do bem’”, afirma Vinícius. “Muita gente escreve agradecendo, contando como conheceu a música. Isso é muito legal”.

Desde que estourou na internet, a vida do quinteto virou uma maratona de entrevistas. São uma média de quatro por dia. As mensagens pela internet já estão na casa das centenas. Com o hit, a banda deixou de ser um dos trabalhos paralelos dos seus integrantes para se tornar sua maior prioridade. Vinícius, por exemplo, já resolveu deixar dar um tempo no seu emprego em uma produtora de vídeos para dar conta da nova rotina.

O guitarrista Rodrigo explica que isso não significa que os cinco estão jogando tudo para o alto. “Sempre tivemos trabalhos paralelos com arte e cultura e isso não acabou. Mas a gente teve que pedir um tempo para os nossos clientes. Todos são supercompreensivos e dizem que estão torcendo pela gente”, diz. “A gente nunca teve essa visibilidade. A ficha ainda não caiu”.

Mas nem só de elogios se faz o sucesso d’A Banda Mais Bonita da Cidade. Logo vieram as primeiras críticas de que eles haviam copiado o grupo Beirut. O grupo de Curitiba não nega a inspiração nem a admiração pelo conjunto americano. Também não tardaram as paródias, com as quais eles juram não se importar. “O que é construtivo a gente absorve. O que é só negativo a gente não está nem com tempo para se incomodar com isso”, afirma Rodrigo.

Aqui vai a do comediante Rafinha Bastos


A atenção do grupo agora está inteiramente voltada para tirar o máximo de proveito das portas que se abriram com o sucesso online e transformá-lo em algo mais real. A banda já recebeu quatro convites para shows desde que o clipe conquistou a internet. No próximo dia 7, eles se apresentam em São Paulo no Studio SP.

Em longo prazo eles vão batalhar para não ser a melhor banda de todos os tempos da última semana. “Estava pensando muito sobre isso noutro dia e o Bruno Medina [integrante dos Los Hermanos] escreveu no blog dele sobre como o mesmo aconteceu com eles e que a gente deve tomar cuidado com a nossa carreira a partir de agora. Queremos mostrar para as pessoas que temos outros lados. Dando certo ou não, tudo isso já é sensacional”.

Texto: globo.com
http://colunas.epocasp.globo.com/tecnicidade/2011/05/25/a-vida-depois-da-oracao/

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Última fase da revisão da Lei de Direitos Autorais (de 25 abril a 30 de maio)

Entre os dias 25 de abril e 30 de maio, o anteprojeto (APL) que modifica a Lei de Direitos Autorais receberá contribuições da sociedade. O período de sugestões – cujo objetivo é aperfeiçoar o texto – inicia a última etapa de elaboração da proposta final a ser apresentada pelo governo ao Congresso Nacional. Conforme anunciado no dia 22 de março, o Ministério da Cultura divulga o cronograma com as próximas ações para que a sociedade possa acompanhar seu andamento.

Cronograma

25 de abril a 30 de maio: recebimento de contribuições da sociedade com propostas de alteração de artigos do anteprojeto de lei e suas justificativas.
4 de maio: apresentação do APL ao Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC), explicitando os eixos de revisão para o aperfeiçoamento de seu texto;
Durante o mês de maio: participação do MinC/DDI em audiências públicas na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal e do Senado Federal;
Última semana de maio: realização pelo MinC/DDI de evento público para apresentação e apreciação de contribuições da sociedade para a revisão do APL de reforma da Lei Autoral Brasileira;
Até 14 de julho: elaboração da redação final do anteprojeto pelo MinC, submissão do APL revisado ao Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual (GIPI), realização de adequações ao texto do APL; e
15 de julho: envio do APL à Casa Civil pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda.
SugestõesA Diretoria de Direitos Intelectuais do MinC detectou sete pontos que merecem aperfeiçoamento e consenso (veja abaixo). As manifestações a respeito deles e de outros deverão ser encaminhadas em formulário específico (disponível para envio por email no endereço revisao.leiautoral@cultura.gov.br ou correspondência postal no endereço Diretoria de Direitos Intelectuais – DDI/MinC – SCS Quadra 09, Lote C, Ed. Parque Cidade Corporate – Torre B, 10º andar. CEP: 70.308-200 Brasília DF.
Também é possível preencher o formulário diretamente em sistema hospedado na página do MinC.
Principais pontos da etapa de aperfeiçoamento
1. Limitações aos direitos do Autor (Arts. 46,47, 48 e 52-D);
2. Usos das obras na internet (Arts. 5º, 29 e 105-A e 46, II);
3. Reprografia das obras literárias (Arts. 88-A, 88-B, 99-B);
4. Da Obra sob encomenda e decorrente de vínculo (Arts. 52-C);
5. Gestão coletiva de Direitos Autorais (Art. 68 §§ 5º, 6º, 7º e 8; arts.86, 86-A,98, 98-B, 98-C,98-D, 99 §6º, 99-A, 99-B e 100);
6. Supervisão estatal das entidades de cobrança e distribuição de diretos (Arts. 98§2º, 98-A, 100-A, 100-B, 110-A, 110-C);
7. Unificação de registro de obras (Arts. 19, 20, 30, 113-A).
Para facilitar a elaboração das contribuições, o MinC também está tornando público um quadro comparativo da atual lei, do anteprojeto submetido à consulta pública no ano passado e da versão pós consulta pública, enviado à Casa Civil em dezembro de 2010.
Saiba mais:
Anteprojeto (APL) construído depois da Consulta Pública 2010
Exposição de motivos para revisão da legislação
Tabela comparativa com Lei 9.610/98, APL levado à consulta pública e APL construído depois da consulta pública 2010
Formulário para recolhimento de contribuições
Relatório de Análise das Contribuições ao Anteprojeto de Modernização da Lei de Direitos Autorais
(Texto: Ascom/MinC)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Criador do Teatro Mágico, Fernando Anitelli tira a maquiagem para lançar "As Claves da Gaveta"


Fernando Anitelli tirou a maquiagem de palhaço. Criador do grupo O Teatro Mágico, ele está dando um tempo da trupe para se dedicar ao trio que leva seu nome. Pelo menos nos palcos. No estúdio, o multifacetado músico se reveza entre os ensaios para os shows de "As claves da gaveta", seu primeiro CD solo, e a produção do próximo álbum do TM. Sábado, ele baixa na Fundição Progresso, num espetáculo intimista, sem a pirotecnia do Teatro.
 
- Estava com necessidade de fazer outra coisa que não fosse aquele palhaço trovador inquieto. No começo, fiquei inseguro de subir no palco sem maquiagem, mas já tinha tido até alergia por causa dela. E queria tocar um violão, de cara limpa, contando as histórias das canções para o público - diz Anitelli.
As 11 faixas de "As claves..." caíram na internet bem antes do lançamento virtual para os fãs. Há um mês, todas as músicas dominam o Top 10 do site Trama Virtual, onde estão disponíveis para download gratuito. Curioso é que, mesmo tendo vendido mais de 320 mil CDs e 80 mil DVDs do TM, as canções de Fernando não toquem em rádio ou TV.
- É uma ignorância musical e cultural do próprio meio, ou censura óbvia, porque tratam a música como publicidade, o famoso jabá. Vendendo meu CD a R$ 5 por conta própria, eu ganho mais que o Dinho, do Capital Inicial, o Marcelo Camelo ou qualquer artista de gravadora - dispara ele. - Minha música é livre.

Adepto do Creative Commons e do site www.musicaparabaixar.org.br, Anitelli abomina o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), e diz que o órgão, responsável por cobrar e distribuir direitos autorais de músicas, já multou o Teatro Mágico por tocar suas próprias canções. Agora, ele prepara o terceiro CD da trupe. Previsto para agosto, terá 19 faixas (entre músicas e poesia), com uma possível participação da Dave Matthews Band:
- Abrimos um show deles no Rio e depois saímos juntos para ver o show do Carlos Malta, tomamos caipirinha e tocamos violão no quarto do hotel. Eles falaram que a DMB é que devia ter aberto para o TM, e brinquei que daqui a dois anos faremos isso. Temos trocado e-mails, e há chance de um dos músicos participar do CD. Se isso acontecer, vou avisar ao universo inteiro.

Enquanto não rola, vale a pena ouvir "As claves...", com canções que Anitelli compôs há dez anos e desengavetou depois de seu pai, Seu Odacio, jogar tudo na web, em versões com voz e violão. No disco, faixas como "Cuida de mim", "Saudade de chumbo" e "Menina do balaio" ganharam roupagens com levadas de jazz a afrossamba. E o compositor também criou novos arranjos para "Realejo e "Samba de ir embora só", dos CDs do Teatro:
- Por serem minhas primeiras composições, achava que havia um certo tom de simpleza e ingenuidade. Mas, toda vez que estávamos viajando pelo país, pediam para tocar "Teatro Mágico acústico", que são essas canções que tirei da gaveta.
 
Crédito: Lauro Neto
Revista eletrônica: MEGAZINE (O GLOBO)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Frejat e Dado Villa Lobos

As novas mídias sociais, as ferramentas virtuais e a interatividade proporcionada pelas internet 2.0 representaram uma revolução na forma de produção de novas bandas e também na relação de jovens músicos e aqueles que já estão na estrada há mais tempo com seu público. Representantes da geração anterior, Roberto Frejat e Dado Villa Lobos mostraram em entrevista ao portal Barulho Cultural que estão antenados a essas transformações. Para Frejat, as novas mídias possibilitam uma maior rapidez na interatividade da relação artista/público, mas considera os sites algo mais centralizador, pois são neles que se encontra as principais referências dos músicos. Já para Dado, esse é um processo irreversível e só resta aos artistas se modelarem ao novo cenário.
Acompanhe abaixo o resultado desse bate-papo descontraído na Capital Federal.
Barulho Cultural – Como é sua relação com as redes sociais?
Frejat – Atualmente na minha carreira dou uma atenção maior às redes sociais. É uma maneira muito forte de divulgar o nosso trabalho. Antigamente não tinha essa resposta rápida. Eu ainda acho que o site é um grande ponto centralizador de tudo isso. O meu está sendo reformulado agora e vai voltar com uma nova dinâmica. Pois é um grande canal de referência do artista. É lá que é possível buscar toda biografia e discografia do artista.
Barulho Cultural – Como as novas mídias alteraram a relação artista e seu público?
Frejat – Ela acontece de várias maneiras. Você tem um contato com eles mais próximos dos shows. Eu acho que tem o contato através das Redes Sociais. Agora, eu acho o seguinte, o artista tem uma relação com o público dele, de artista público. Artista que vira amigo do público. Acho que isso é pura ficção. Porque não é assim, eu acho que a relação entre você ouvir uma música e você conhecer a pessoa diretamente. Ela pode misturar e não necessariamente ser positiva. Eu acho que você tem pensar que o artista, que ele é uma figura diferente da pessoa que ele é como pessoa. São duas personalidades, não é uma antítese um do outro. Mas duas pessoas diferentes.
Uma coisa é você está aqui comigo conversando na rua, e a gente pode falar de futebol, mulher, de política e outra coisa eu estar cantando uma música e você ter uma relação minha música, com meu trabalho ou com os shows, são coisa diferentes. Esse tipo de coisa é importante que as pessoas tenham, então fica essa aproximação muito grande que as Redes Sociais trazem, às vezes ela borram um pouco essa relação. O conceito artístico que é motivo de tudo isso estar acontecendo e é isso que não me deixo de afastar. Quando fica uma coisa muito pessoal, muito celebridade, estou fora, pois isso não me agrada.
Barulho Cultural – De que forma você utiliza as redes sociais?
Frejat – Eu tenho pessoas que atualizam isso para mim, são pessoas muitos bacanas, que já sabem como penso, então não ligará meu perfil há algo que não concordo, que não tenha nada a ver comigo. É lógico que quando as perguntas são muito pessoais, pessoais no sentido de que só eu posso responder e que tenha a ver com o universo artístico, eles me encaminham e eu respondo.
Barulho Cultural – Como você analisa a inserção desses espaços na divulgação de novas bandas?
Frejat – Esse espaço é variável. Hoje, na verdade todos nós somos independentes, pois as gravadoras perderam sua força e a grande mídia oferece pouco espaço, é muita competição. È claro que algumas pessoas já tem uma trajetória maior e isso acaba proporcionando uma maior visibilidade. Mas o cenário atual obriga termos vários canais de divulgação, pois é cada vez menor o espaço e maior a competitividade, nesse aspecto estamos no mesmo barco. Claro que falamos de um cenário em que as pessoas tem excesso de informação e dentro disso fica difícil saber o que é o que. Mas acredito que isso é um processo de adequação, é tudo muito novo.
Dado Villa Lobos – Essas novas mídias sociais representam um boom de informação, é muita coisa que é divulgada, que estamos em contato, é tudo muito rápido e muito caótico também, mas é certo que se trata de um processo irreversível, os cantores e bandas dessa época só resta se adaptar. Não adianta tentar remar contra a maré.
Barulho Cultural – Para finalizar, vocês não acham que essas novas mídias é uma via de mão-dupla, pois se ajuda a divulgar, também fomenta a aparição de muito lixo?
Frejat – Sim, e até com mais liberdade do que em outros momentos, pois existe mais potencial para isso. Mas citarei uma frase de Keith Richards do Rolling Stones que li no final dos anos 70. Ele dizia que em todas as épocas, somente 5% do que é produzido merece ser lembrado. É claro que hoje, a produção e a divulgação é bem maior, então esses 95% é bem maior. Então, fiquemos tranqüilo, daremos atenção aos 5% como sempre demos e esqueçamos esses 95% como sempre foi esquecido.
Dado Villa Lobos – Volto a repetir é um processo irreversível. A quantidade de coisas que são produzidas é enorme. O que falta nesse processo são os filtros, mas eles pouco a pouco estão se formando, a circulação de informação é muito rápida, então opiniões que circulam nessas redes também circulam muito rápido e vão dizendo o que vale a pena conferir e o que é melhor descartar.

Crédito: Marcelo Lucena e Marcos Agostinho

Globo Comunidade mostra o processo de gravação de um CD de rap

Assista ao Globo Comunidade de ontem (15/05/2011). A periferia continua em debate galera!!!

http://g1.globo.com/videos/distrito-federal/v/globo-comunidade-mostra-o-processo-de-gravacao-de-um-cd-de-rap/1509350/

GRUPO LAUGI - DIAS 21 E 22 DE MAIO - IMPERDÍVEL!!!

O grupo vocal Laugi apresenta “Nosso Jeito” neste sábado e domingo (21 e 22/5), na sala Martins Pena do Teatro Nacional. A trupé comemora o 6º grande show da carreira. Desde 2004, o Laugi faz música vocal de maneira diferenciada no Distrito Federal.

No repertório das apresentações estarão canções populares de diversos estilos – do soul-funk brasileiro ao hard rock americano, passando pelo samba de raiz e pela MPB.


Ao todo, 20 integrantes compõem o elenco de Nosso Jeito. O grupo utilizará recursos teatrais e audiovisuais nas interpretações, que contam com o trabalho da diretora cênica Luciana Martuchelli.

As apresentações começam às 21h, no sábado, e às 20h, no domingo.

Serviço

Sala Martins Pena do Teatro Nacional

Setor Cultural Norte, Via N2

De 21/05/2011 a 22/05/2011

Sábado, às 21h, e domingo, às 20h

R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Informações: (61) 8227-5612 e (61) 9333-0848

Classificação Indicativa: Livre

Crédito: Marcelo Lucena
http://barulhocultural.com.br/grupo-laugi/

quinta-feira, 12 de maio de 2011

MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJÚ NO FÓRUM DE DIVERSIDADE CULTURAL (SOBRADINHO)

A população de Sobradinho pode conferir até amanhã (sexta-feira 13/05/2011) uma série de atrações musicais no Centro de Ensino Médio 01. Hoje, se apresentamas bandas Mão Divina e Blaze. Hoje (12/05/2011), é a vez das duplas Zeca e Luciana e Vanessa e Raphael. Na sexta-feira, o público
poderá conferir apresentações das bandas Etno, The Nois, Cerrado Sólido e Móveis Coloniais de Acaju,
todas de Brasília.
Mais famosa das bandas que se apresentarão no colégio, o “Móveis” surgiu em 1998 e tem como característica a mistura de ritmos como rock, ska e regionais brasileiros e do leste europeu. Atualmente, a banda figura nas primeiras posições do Top 10 da MTV com o clipe “O Tempo”. Os shows começamsempre às 16h e fazem parte do 1º Fórum de Diversidade Cultural de Sobradinho, organizado com o objetivo de disseminar a cultura na cidade. Além dos shows musicais, o evento também oferece palestras, mesas-redondas e oficinas de fotografia, desenho, origami, literatura, vídeo, redação, bordado e robótica para os alunos nos turnos matutino e vespertino. Um cineclube também será aberto ao público. Na segunda-feira e ontem, o palco do fórumo já recebeu já tiveramcinco atrações, entre elas a escola de samba Bola Preta e o rapper Gog.
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FórumdeDiversidade Cultural, em Sobradinho (Centro de Ensino Médio 1).
Até 13 demaio,
sempre às 16h. Entrada fraca.
Classificação: livre.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Festival Caça Bandas 2011 abre espaço para grupos desconhecidos do DF

Thortaz
Antes de atingir a fama, os músicos sempre precisam de uma ajuda inicial. Para dar esse apoio aos grupos brasilienses, ainda desconhecidos do grande público, começa nesta quarta-feira (4/5) a terceira edição do Caça Bandas. O festival tem como principal objetivo apresentar à capital federal grupos musicais de todos os estilos. As apresentações semanais acontecem sempre às quartas-feiras, no Cult 22 Rock Bar, e vão até dezembro.

A terceira edição do evento oferece 78 vagas para bandas, e as inscrições estão abertas até esta quinta-feira (5/5). O produtor do evento, Gustavo Vasconcellos, afirma que a terceira edição do Caça Bandas prioriza a música autoral, inédita, de Brasília. “O objetivo é conhecer e fazer circular o que há de novo no cenário musical brasiliense. Queremos oferecer uma oportunidade para as bandas.” A cada apresentação, três grupos tocam quatro músicas e uma é escolhida vencedora. No fim de cada mês, ocorre o confronto entre os ganhadores semanais, que disputam a gravação de uma faixa para o CD do festival.

Mulambo Grooves
O primeiro dia de apresentações conta com três bandas: Thortaz, Blood Chip e Mulambo Grooves. Os grupos são remanescentes da edição de 2010 — que foi encerrada prematuramente por conta de reformas emergenciais na antiga sede, o UK Brasil Pub. Devido aos imprevistos, a produção do evento inscreveu os músicos automaticamente na terceira edição do festival. “A expectativa é positiva, agora, esperamos atrair mais pessoas do que no ano passado”, afirma Vasconcellos.

Apesar de não ter se apresentado em 2010, a banda Thortaz está confiante para esta edição. O guitarrista Elizeu Fontenele garante que o grupo vem se preparando desde o ano passado. “A expectativa é boa, a gente está ensaiando há algum tempo, vai ser bom esse contato com outros músicos e com o público.” Thortaz está junta há cinco anos e define seu estilo como um “pop rock de pegada mais pesada”. Entre as principais referências estão Engenheiros do Hawai, Titãs e Metallica.

Programada para se apresentar em outubro de 2010, o Blood Chip está afiado para a apresentação de hoje à noite. É o que garante o produtor Ted Amorim. “Mesmo com os problemas, nosso ideal é tocar, mostrar serviço. A banda continua no pique para tocar.” O grupo, que está junto há pouco mais de um ano, tem influências no rock’n’roll clássico, sobretudo nas vertentes dos anos 1960 e 1970. “Ouvindo o nosso som é possível perceber que temos esse resgate do rock clássico. Misturamos rockabilly, psy e hardrock”, afirma Amorim.

A Mulambo Groove vem para quebrar a exclusividade do rock’n’roll no primeiro dia de apresentações. O grupo, junto há um ano e meio, tem um estilo peculiar, que mistura as batidas do samba e do baião com algumas pitadas de guitarra elétrica. As inspirações são buscadas em Lenine, Djavan, Seu Jorge e Red Hot Chili Peppers. “Brasília é um mix de várias tendências, por isso que a gente não quer se encaixar em um só estilo”, explica o integrante da banda Thiago Galego.

Além do rock
O Caça Bandas é eclético. O festival aceita e incentiva a participação de bandas de todos os estilos musicais. Gustavo Vasconcelos deixa claro que a intenção é dar visibilidade aos músicos da cidade, sem restrições. “O evento não é somente de rock, apesar da predominância roqueira no cenário brasiliense. Nosso interesse é achar música original, independente do gênero.” Thiago Galego quer aproveitar a diversidade do evento para mostrar um pouco mais da Mulambo Groove. “A expectativa é muito boa, pois agora temos uma abertura para divulgar nossa música, nosso estilo.”

O CD com os vencedores da edição do ano passado do Caça Bandas já foi lançado. O álbum com 10 faixas traz as melhores músicas, selecionadas pelos jurados e pelo produtor do evento, de 2010. A abertura fica por conta da banda Casacasta, que gravou a canção Bom de briga. Outros artistas participam, como Jazahu, Macunas e Turrón Presidencial. Em 2011, os veteranos se apresentam nas eliminatórias mensais do evento.

III Festival Caça Bandas
Nesta quarta (4/5), a partir da 21h, no Cult 22 Rock Bar (Lago Norte), R$ 5 até as 22h, R$ 10 após às 22h. Classificação indicativa 18 anos. Informações sobre inscrições — que vão até quinta (5) pelo telefone 3322-4263.

Crédito: Luiz Prisco (Correio Braziliense)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

CCBB Promove Projeto Live P.A

Diversas duplas do cenário independente vão se apresentar, em uma série de oito shows, no projeto LIVE P.A, durante o mês de maio, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. A programação será nas sextas-feiras e sábados do mês, e se revezam entre instrumentos, microfones e laptops.

O computador e a internet são elementos transformadores da cultura musical contemporânea, na série Live P.A. e ferramentas que permitem integrar repertórios de dois músicos e o público, da mesma forma descontraída e com toda a intimidade da geração criadora de novas relações e repertórios de vida onde misturam encontros virtuais e experiências reais.

O Live P.A. tem a finalidade de promover trocas, colaboração, criação coletiva e compartilhamento. Além de mostrar para o público a possibilidade de conhecer a intimidade do trabalho realizado nos estúdios caseiros e ainda entender a influência de novas tecnologias neste processo.

O encontro é uma pratica que se renova com as possibilidades trazidas pelas tecnologias. Durante a programação, estão programados ensaios, conversas via skype, trocas de e-mails, anexos, zips, downloads, uploads, mashups, e outras tantas formas de interação.

Interatividade musical

Nina Becker e Moreno Veloso abrem a programação do Live PA, com show no dia 6 de maio. A voz doce da artista ficou conhecida com a banda carioca Orquestra Imperial, onde começou a cantar enquanto ainda trabalhava como diretora de arte de filmes. Antes mesmo de lançar seu primeiro disco, foi premiada pela ‘APCA’, em 2009, como melhor cantora e citada pela revista Bravo! como uma das artistas mais influentes de sua geração.

Já Moreno Veloso, filho de Caetano Veloso e sua primeira esposa, Dedé, esteve envolvido com música desde criança. Em 1982 fez a letra da música “Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê”, música do pai, gravada no disco “Cores, Nomes”. Quinze anos depois, sua composição “How Beautiful Could a Being Be” entrou no repertório do disco “Livro”, de Caetano (1997). Chegou a estudar física na faculdade, até que em 2000 gravou seu primeiro disco, “Máquina de Escrever Música” (Rock It!), em que canta, toca violão e violoncelo, com o grupo Moreno + 2, formado por ele, o baixista Kassin e o baterista Domênico. No mesmo ano, apresentaram-se no Free Jazz Festival.
Dado Villa-Lobos + Renato Martins
Em seguida, as duplas Thalma de Freitas + Gabriel Moura , Pedro Sá + Jonas Sá, Wladimir Gasper + Cibelle, Dado Vila Lobos + Renato Martins (Canastra), Kassin + Claudio Zoli, China + Silvia Machette, Domenico Lancelotti + Felipe S. (Mombojó) prometem animar o público com música de qualidade, em apresentações únicas.

Mais informações: http://www.livepa.com.br/



Serviço:

Live P.A.

Data: Dias 6, 7, 13, 14, 20, 21, 27, 28 de maio, às sextas-feiras e sábados

Horário: 22h30

Entrada gratuita

Local: Área externa (jardim) Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, trecho 2, conjunto 22)

Classificação Indicativa: 16 anos

Informações: (61) 3310-7087

O CCBB disponibiliza ônibus gratuito, identificado com a marca do Centro Cultural. O transporte funciona de terça a domingo, saindo do Teatro Nacional a partir das 11h.

Informações: 61 3310-7087


Por: Marcelo Lucena

SALVE ELLEN OLÉRIA!!!