quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O que é música independente?

O Distrito Federal é um dos maiores celeiros de música independente do país, porém poucas pessoas têm acesso a esse trabalho, já que a divulgação fica por conta dos festivais independentes da cidade. Porém com o advento das novas tecnologias, e em especial da internet ampliou-se a possibilidade de difundir os trabalhos de bandas antes pouco conhecidas, através de redes sociais e sites como Youtube, Myspace, Vimeo, Orkut, Facebook, Twitter entre inúmeros outros.
A música dita independente é aquela que foge ao chamando mainstream ou circuito principal da indústria fonográfica, das grandes gravadoras e cicurla pelo underground, ou seja, pelo "cirutuito subterrâneo da música", e este tipo de música é quase sempre definida como “obra autêntica”, “longe do esquemão”, “produto não-comercial” do dito “Jabá” (dinheiro pago as rádios para que a música de determinada banda seja veiculada).
O mainstream, que pode ser traduzido como “fluxo principal”, abriga escolhas de confecção do produto reconhecidamente eficientes, dialogando com elementos de obras consagradas e com sucesso relativamente garantido.
Já o underground, por outro lado, segue um conjunto de princípios de confecção de produto que requer um repertório mais delimitado para o consumo. e atende  a certos ninchos do público. Os produtos “subterrâneos” possuem uma organização de produção e circulação particulares e se firmam, quase invariavelmente, a partir da negação do seu “outro” o circuito principal ou mainstream.
A constante curiosidade sobre o surgimento de diversas bandas independentes no Distrito Federal e no Brasil em geral, levou ao desenvolvimento de meu trabalho final de conclusão de curso em Publiciade e Propagandada, sendo este um programa de rádio que futuramente veicularei aqui também. E esse blog também é um ponto de encontro para o debate com professores, alunos, músicos, produtores e para todos os interssados no assunto. E entre várias bandas que observei algumas conseguiram se destacar no mercado local e nacional, sem a utilização exclusiva do padrão pré-estabelecido da indústria fonográfica, que configura a gravação de um álbum, geralmente CD e DVD, veiculação de músicas nas principais rádios do país e a exposição dos músicos em programas de TV de grande audiência. Como ícones do cenário independente nacional destaco: Teatro Mágico, Móveis Coloniais de Acajú, GOG, Ellen Oléria, Cordel do Fogo Encantado, Balaio de Maria, Pedra Letícia, Emicida, Flora Matos, filha do cantor  Renato Matos de Brasília e inúmeras outras que abordarei.
Hoje com internet há um admirável mundo novo e que deve ser explorado. A principal forma de lucro hoje são os shows dos artistas, já a venda de cd's está caindo devido a mudança de hábito dos consumidores e das "novas-velhas" tecnologias como por exemplo o download de arquivos em MP3. E isso nos leva a refletir sobre o direito autoral também. Espero que este blog nos ajude a compartilhar experiências com a música independente e a música brasileira de qualidade, "independente" de rótulos a música na verdade, apropriando-me das palavras dos cantores GOG e Ellen Oléria, na verdade é dependente de todos nós. Viva a música galera!!!!!