quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CRIOLO - O LETRADO DO RAP


“É natural eu cantar porque sou brasileiro. Sou brasileiro e estou pedindo licença humildemente a todos os meus para cantar.” As duas frases soariam redundantes se proferidas pela maioria dos cantores brasileiros, mas adquirem sentido particular na boca do paulistano Kleber Cavalcante Gomes, conhecido pelo codinome artístico Criolo Doido, agora adaptado para simplesmente Criolo. Ele é um músico ligado ao rap, e músicos de rap nem sempre são classificados como cantores – em setores mais conservadores de nossa cultura, o rap por vezes nem é aceito como música.
Criolo se viu frente a frente com o tabu na hora de criar seu segundo disco (o primeiro foi “Ainda Há Tempo”, de 2006, de rap, digamos, mais tradicional). Com canções compostas ao longo de dez anos, “Nó na Orelha” não é um disco de rap, porque, embora contenha raps, reúne também faixas em tempo de soul, samba, reggae, bolero, canção romântica, funk, afrobeat etc.
Mas “Nó na Orelha” é, sim, um disco de rap, segundo seu criador: “A intenção rap não foi embora. A atitude vai sempre existir. ‘Freguês da Meia-Noite’ é um bolero rasgado que está contando a história de um um cara que usa droga e só parou para pensar e falou que naquele dia não vai usar droga. Olha uma letra de rap aí”, exemplifica.
“[Em] ‘Subirusdoitiozin’ eu já começo falando de um duplo assassinato. ‘Bogotá’ pergunta por que tem que continuar essa festa da pamonha de entrar toneladas de drogas e armas todos os dias no país, e a culpa é daquele molequinho que está lá levando tapa na cara. Olha a atitude rap aí, não é um disco de rap?”, pergunta.

Entre o rap e o não-rap, Criolo reluta em definir-se “músico”. “Um dia pretendo ser músico, viu? Como diz meu pai, às vezes a gente não tem ritmo nem para andar. Não sei tocar nenhum instrumento, nunca fiz aula de canto, nada. Lutei muito e tive de provar para mim mesmo e para muita gente – não que eles tenham pedido, OK? – que tenho condições de expressar um pouquinho do que o meu coração diz.”
Ainda que se atribua limitações musicais, ele decidiu romper as fronteiras às vezes opressivas do rap, e explica os porquês: “Por volta de 2008 percebi que minha construção de texto não estava somando mais para o rap. E, caramba, eu nunca vou deixar bater na bunda a água do comodismo”. Seria uma ousadia tentar colaborar para a evolução do rap ultrapassando seus dogmas e convenções? “Sei lá se sou ousado, cara. Só estou me permitindo fazer o que meu coração pede, e que minha mãezinha e meu paizinho escutem uma música do segmento que eles gostam. MC também tem pai e mãe, sabe?”
Ousadias de estilo à parte, a temática tradicionalmente rapper das letras afronta quem supõe que o gênero, em 2011, se afaste de suas origens rumo à domesticação ou à diluição da época heroica de Racionais MCs e seus seguidores. O olho vivo de Criolo na política e na sociedade se revelam pelos detalhes, nas letras ou em sua fala, como quando se refere a certo subtipo de cidadão paulistano como “alguém que exerce psicologicamente a chibata no outro para se sentir melhor”.
O mesmo acontece quando conta sobre a rinha de MCs de toda segunda sexta-feira do mês na ONG Ação Educativa, no centro de São Paulo, onde acontece a entrevista: “É importante, aqui os meninos não têm contato com álcool e com um monte de outras coisas que estão aí. Não sou hipócrita, se tirar hoje o álcool e algumas outras coisas que mantêm o país nessa coisa morna que está aí, é guerra civil. O que aconteceria se tudo aquilo que te amortece não existisse mais?”.
Músico e educador (deu aulas durante cinco anos), ele se utiliza da linguagem para atacar sutilmente o racismo brasileiro: “A pessoa diz ‘você está denegrindo a minha imagem’, e nem sabe que está falando uma coisa superpesada. Como é difícil para algumas pessoas falar a palavra ‘criolo’. A gente fica digladiando, e essa tapioca nunca vem com recheio”.

Crédito: Barulho Cultural

http://barulhocultural.com.br/criolo/


Recentemente o Rapper ganhou na última quinta feira dia 20/10 cinco prêmios VMB da MTV, dentre eles tendo o melhor disco do ano e o artista revelação do ano. E ainda teve a honra de cantar uma de suas músicas: "Não Existe Amor em SP" com Caetano Veloso traçando um paralelo a "Sampa".  Veja abaixo:



Acesse o portal oficial de Crioulo: http://www.criolo.net/


Confira também a Matéria do portal IG sobre Criolo: 

Criolo Doido une o rap a samba, soul, bolero e romantismo

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Emicida "De Frente com Gabi" - Entrevista Completa

Parte 1:



Parte 2:



Parte 3:



Parte 4:

VMB: O MAIOR PRÊMIO DE MÚSICA DA TV BRASILEIRA

O Prêmio que deu o devido valor a música independente e que reuniu grandes nomes do cenário da grande indústria fonográfica e da TV brasileira para cantarem e tocarem juntos. É ao mesmo tempo o retrato da riqueza e diversidade da música brasileira, juntando grandes nomes do presente e passado não tão distantes e homenageando a "Deusa Música". Um prêmio que realmente inspira confiança.(APRENDE MULTISHOW!!!) Minha única crítica é quanto ao grupo Teatro Mágico não ter sido convidado, mas espero na edição de 2012 (Se o mundo não acabar antes, brincadeira). 

Com a maestria do produtor musical Miranda e vários técnicos excelentes, a MTV continua inovando de verdade e sendo referência de edição, criatividade e ressalto novamente o espaço aberto à música independente, tanto é verdade que nomes como Emicida (que foi premiado em 3 categorias), Crioulo (em 5) e bandas como CW7, Garotas Suecas, Marcelo Jeneci, Marcelo Camelo. Enfim, só pelo reconhecimento à música de qualidade, pelo relacionamento de grande interatividade com o público nas redes sociais que inclusive votaram em algumas categorias, agregam a MTV cada vez mais qualidade e confiança. Obrigado!!!
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PRÊMIO:
O Prêmio VMB 2011, que aconteceu na última quinta-feira dia 20/10/2011, foi um grande sucesso. A festa vista ao vivo na MTV começou a ser organizada muitos meses antes. Ontem, terça (25), às 23h30, a MTV exibiu um documentário mostrando os bastidores da premiação, com tudo o que rolou nos meses que antecederam o VMB.

Cerca de 40 artistas fizeram parcerias inusitadas em sete shows que misturaram gêneros, estilos e vozes em três palcos simultâneos. Miranda, o produtor musical do VMB, explicou que a logística para fazer os artistas tocarem ao mesmo tempo em três estúdios diferentes foi "quase um milagre".

E não foi fácil colocar tudo para funcionar no dia da festa. O documentário vai mostrar os ensaios, as reuniões, a montagem dos palcos e muito mais! Veja abaixo:



http://vmb.mtv.uol.com.br/

Matéria BandNews sobre O Teatro Mágico

Foto: Fernanda Lanza 
A trupe do Teatro Mágico vem ganhando cada vez mais espaço na mídia tradicional. Traduzindo e amplificando a ideia de um Sarau ambulante que une e mistura: Circo, Teatro, Música e Poesia, "Tudo em uma coisa só". Mais de 300.000 mil CD's vendidos e 120.000 mil DVD's, além de mais de 6 milhões de downloads na internet e outros milhões de acessos no Youtube. Arte sem muros, arte livre e independente de gravadoras (do Jabá) em rádios. Não me canso de dizer que O Teatro Mágico foi um dos grandes responsáveis por revolucionar a indústria da música no Brasil e porque não dizer no mundo. Sucesso no relacionamento com seu público no dia a dia, nas redes sociais. No próximo dia 30/10/2011 se apresenta no Citibank Hall, em São Paulo. Show mais que aguardado pelos fãs. A turnê a "Sociedade do Espetáculo" correrá todo o Brasil.

ASSITAM A REPORTAGEM NO LINK ABAIXO:

http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=547984&CNL=20

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ROCK IN RIO: O QUE NÃO PASSOU NA TV ABERTA



MILTON NASCIMENTO, PARALAMAS DO SUCESSO, TITÃS, MARIA GADÚ E ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA


EMICIDA, MARTINHO DA VILA E CIDADE NEGRA




O Legião Urbana representado por Dado Vila-Lobos e Marcelo Bonfá é homenageado desta noite no Rock in Rio, no Palco Mundo, o show contou com a Orquestra Sinfônica Brasileira, Herbert Viana (Paralamas do Sucesso) Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) Rogério Flausino (J Quest) Toni Platão e Pitty.


MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJÚ, MARIANA AYDAR E ORKESTRA RUMPILEZZ



JOSS STONE


ED MOTTA, RUI VELOSO E ANDREAS KISSER



SEPULTURA E TAMBOURS DU BRONX


BAILE DO SIMONAL E DIOGO NOGUEIRA




SANDRA DE SÁ E BEBEL GILBERTO


ANGRA E TARJA TURUNEN


MARCELO JENECI


MONOBLOCO, PEPEU GOMES E MACACO


ERASMO CARLOS E ARNALDO ANTUNES


ZECA BALEIRO E LOKUA KANZA




FREJAT